Histórias de Cinema https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br Filmes para ver no streaming e tesouros que não estão no mapa Tue, 06 Jul 2021 12:51:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Emoções contidas intensificam drama sobre demência https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/emocoes-contidas-intensificam-drama-sobre-demencia/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/07/05/emocoes-contidas-intensificam-drama-sobre-demencia/#respond Tue, 06 Jul 2021 02:33:50 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/Supernova-2020-e1613562422346-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=312 O corpo nu de Colin Firth dormindo de conchinha com o carequinha Stanley Tucci é uma imagem que pode atrair quem se interessa por romances gays, assim como pode repelir os que não querem ver homens se beijando.

“Memórias de um Amor”, no entanto, é um tipo de filme que ultrapassa as restrições dos rótulos. O segundo trabalho na direção do britânico Harry Macqueen trata de companheirismo, de cuidados e de perdas. É um filme sobre maturidade e finitude. 

Sam (Firth) e Tusker (Tucci) partem em viagem num velho trailer, um dos tantos sinais de partilha e de solidez que o filme usa para representar esse relacionamento de mais de 20 anos.

Não se trata, no entanto, de uma viagem de recordação nem de celebração. Tusker foi diagnosticado com demência, e este talvez seja seu último encontro com a família e com amigos, antes de perder a noção de quem é.

Como a situação já é demasiado dramática, Macqueen nos poupa dos sentimentos transbordantes. Sua opção pela sobriedade ganha a cumplicidade dos dois protagonistas, que interpretam de forma recolhida e tensa. Assim como a natureza outonal, bonita sem precisar ser espetacular, que eles percorrem nesse “road-movie” lacônico.

“Memórias de um Amor” é filme para assistir em casa, que não precisa de pipoca, mas que combina muito com vinho ou chá.

 

“Memórias de um Amor”

Inglaterra, 2020, 93 min

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayYouTube Filmes

 

Se gostar, confira também:

 

“O Amor É Estranho” (2014)

John Lithgow e Alfred Molina formam um casal maduro que tem de morar separado quando o desemprego os força a vender o apartamento onde viviam. O diretor Ira Sachs também tinge seu melodrama com uma tonalidade melancólica que o torna universal.

Onde assistir: Amazon Prime VideoAppleTVBelas Artes à la CarteGoogle PlayLookeNet MoviesYouTube Filmes

 

“Ella e John” (2018)

Helen Mirren e Donald Sutherland também embarcam num trailer neste “road-movie” que retrata os perrengues do envelhecimento, mas com doçura em vez de amargura.

Onde assistir: AppleTVClaro VideoGoogle PlayNetflixNowYouTube Filmes

 

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300 filmes para celebrar a vitalidade do cinema brasileiro https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/06/18/300-filmes-para-celebrar-a-vitalidade-do-cinema-brasileiro/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/06/18/300-filmes-para-celebrar-a-vitalidade-do-cinema-brasileiro/#respond Sat, 19 Jun 2021 02:53:26 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Pacarete-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=307 As imagens da baía de Guanabara feitas de um navio pelo italiano Afonso Segreto em 19 de junho de 1898 marcam o descobrimento do Brasil pelo cinema. Por isso, a data foi escolhida para comemorar um cinema pouco visto, mal preservado e que mais uma vez se encontra sob ameaça de extinção.

O cinema brasileiro é, como toda cinematografia nacional, uma generalização. Essa entidade abstrata é feita de filmes e, para conhecê-la (ou insultá-la) é preciso conhecer os filmes. O que sempre foi difícil.

Enquanto o atual governo tornou quase inviável manter o bom ritmo da produção cinematográfica e, com ela, a diversidade e o aprimoramento estético e temático dos filmes, a pandemia ofereceu um efeito colateral benéfico.

As plataformas de streaming vêm promovendo a circulação dos filmes, que antes ficavam restritos a poucas salas em capitais.

Entre clássicos e contemporâneos, o total de filmes brasileiros que entraram nos catálogos nos últimos três meses chega a 300, como mostra esta lista que criamos.

Poucas semanas depois do lançamento da Embaúba Play, distribuidora dedicada ao conteúdo nacional, o Itaú Cultural Play estreia hoje com um robusto catálogo todo gratuito.

Em meio a tanta oferta, por onde começar?

Preparamos um ponto de partida com uma seleção dos filmes vencedores no tradicional Festival Sesc de Melhores Filmes na última década:

 

2010

“É Proibido Fumar

Amazon Prime Video

 

2011

“Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo”

Netflix

 

2012

“O Palhaço”

Now

 

“As Canções”

Looke

 

2013

“Febre do Rato”

Netflix

 

“Tropicália”

Now

 

“A Música Segundo Tom Jobim”

Google Play

 

2014

 

“O Som ao Redor”

NetflixTeleCineMUBI

 

“Doméstica”

Looke

 

“Elena”

Netflix

 

2015

 

“O Lobo Atrás da Porta”

AppleTVGoogle PlayLooke

 

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”

Netflix – Now

 

“Ilegal”

AppleTVGoogle Play

 

2016

 

“Últimas Conversas”

Looke

 

“Que Horas Ela Volta?”

Globo PlayTeleCine

 

2017

“Cinema Novo”

Looke

 

“Aquarius”

Globo PlayNetflixNowTeleCine

 

2018

“Como Nossos Pais”

NetflixLooke

 
“A Glória e a Graça”

Globo Play

 

2019

 

“O Processo”

AppleTVGoogle PlayLooke

 

“Arábia”

Embaúba Play

 
“O Beijo no Asfalto”

AppleTVGoogle Play

 

2020

 

“Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”

Netflix

 

“Bacurau”

Globo PlayNowTeleCine

 

“Bixa Travesty”

AppleTVGoogle PlayNow

 

2021

 

“Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou”

AppleTVLookeNow

 

“Pacarrete”

Google PlayLookeNow

 

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Ciclos celebram os 90 anos de ‘Limite’ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/ciclos-celebram-os-90-anos-de-limite/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/ciclos-celebram-os-90-anos-de-limite/#respond Mon, 17 May 2021 19:44:16 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Limite-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=294 “Limite”, filme único em mais de um sentido, completa 90 anos. Obra de vanguarda plástica e narrativa realizada por Mário Peixoto aos 21 anos, “Limite” foi exibido pela primeira vez em 17 de maio de 1931, antes de sumir do mapa.

O filme não foi lançado comercialmente e foi visto apenas em sessões fechadas ou mostrado a celebridades, como Orson Welles, que assistiu a uma apresentação exclusiva quando esteve no Brasil, em 1942. para filmar “It’s All True”.

No final da década de 1950, o processo de decomposição química da única cópia existente, em nitrato, acelerou o processo de mitologização de “Limite”. O filme tornou-se invisível, e sua grandeza não cessou de ser alimentada pela memória de seus espectadores.

Mas “Limite” sobreviveu graças ao empenho de Saulo Pereira de Mello, “espectador que”, segundo o crítico e historiador José Carlos Avellar, “se dedicou ao filme por inteiro, que preservou, estudou, restaurou, realizou sua paixão assim como nenhum outro espectador jamais conseguiu realizar com nenhum outro filme”.

Aos 90, “Limite” está mais vivo e influente do que a maioria dos filmes que ainda não fizeram 20.

Sua restauração foi patrocinada pelo World Cinema Project, fundado por Martin Scorsese, o Festival de Cannes o exibiu em 2007 em sua seção Classic e o filme hoje integra o catálogo da prestigiosa Criterion Collection.

“Limite” foi reconhecido, numa enquete feita pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) em 2015, como o mehor filme brasileiro de todos os tempos.

Em comemoração aos 90 de “Limite”, a Cinemateca do MAM-RJ e o CTAV programaram a exibição do filme e um conjunto de atividades.

 

Confira a programação:

 

Na Cinemateca do MAM-RJ

 

“Limite” : no Vimeo (disponível até 23/5)

 

Episódio 1 da série inédita “/lost+found” : no Vimeo (disponível até 18/5)

 

Debate Em Memória de Saulo Pereira de Mello – 17/5, às 19h : no YouTube

 

Debate Saulo e “Limite” – 18/5, às 16h : no YouTube

 

90 anos esta noite – masterclass de Denilson Lopes – 19/5, às 19h no YouTube 

 

No CTAV

 

17/5

“Limite” 

“Making of Limite”

 

18/5

“O Homem e o Limite” 

 

19/5

“SRTV 93- Ruy Santos”

“SRTV 123: Cinemateca do MAM – Entrevista Joaquim Pedro De Andrade, Marcos Farias e Leon Hirszman”

 

20/5

“Limite, uma História de Amor entre Mangaratiba e Mário Peixoto”
21/5

“Exibição de Limite em Mangaratiba” 

 

22/5

“Mar de Fogo”

 

 

23/5

“Onde a Terra Acaba”

 

 

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Reencontre os filmes eliminados de “A Mulher na Janela” https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/16/reencontre-os-filmes-eliminados-de-a-mulher-na-janela/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/16/reencontre-os-filmes-eliminados-de-a-mulher-na-janela/#respond Sun, 16 May 2021 20:50:08 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/DF-07063_R_Easy-Resize.com_-300x215.jpg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=286 A principal estreia desta semana na Netflix é um filme que todo mundo já viu.

“A Mulher na Janela” recicla elementos convencionais do cinema de suspense, como a personagem feminina isolada e vulnerável, a manipulação mental e a virada na qual um personagem bonzinho vira monstro.

Baseado no best-seller de A.J. Finn, pseudônimo do escritor e editor Daniel Mallory, o filme joga fora um dos recursos mais divertidos do livro: o uso de referências cinematográficas. O universo imaginário de Anna Fox é povoado de filmes, e o romance usa o repertório cinéfilo da protagonista para brincar com a confusão entre fatos e alucinações.

O roteiro pobre de Tracy Letts (que também faz o papel do psiquiatra) descarta o prazer narrativo das referências e reduz “A Mulher na Janela”, o filme, a apenas mais um suspense mequetrefe.

Selecionamos algumas referências cinematográficas citadas em “A Mulher na Janela”, o romance, para quem quiser descobrir (ou redescobrir) os originais.

Confira:

 

“Vi um filme. Um filme antigo, ressuscitado em Technicolor. Vi ‘Janela Indiscreta’; vi ‘Dublê de Corpo’; vi ‘Blow-up’. Vi uma montagem com centenas de imagens de arquivo de filmes em que sempre havia alguém bisbilhotando a vida dos outros. Vi um assassinato sem assassino e sem vítima. Vi uma sala vazia, um sofá vazio. Vi o que quis ver, o que precisava ver. ‘Você não se sente muito sozinha aqui?’, foi o que Humphrey Bogart perguntou a Lauren Bacall; a ela ou a mim.”

“Janela Indiscreta” : AppleTVClaro VideoGoogle Play

“Dublê de Corpo” : AppleTV

“Blow-up” : AppleTV

“Uma Aventura na Martinica” : AppleTV

 

 

A noite vai caindo aos poucos, sombria. Fecho as cortinas, abro o laptop e coloco ao meu lado na cama. A máquina aquece os lençóis à medida que assisto ao filme ‘Charada’. ‘O que eu preciso fazer pra deixar você feliz?’, pergunta Cary Grant. ‘Me tornar a próxima vítima?’ Sinto um calafrio na espinha.”

“Charada” : AppleTVBelas Artes à la CarteClaro VideoGoogle Play

 

“Mais uma ‘leçon’ de francês hoje e, à noite, ‘Les Diaboliques’. Um marido cafajeste, uma mulher frágil, uma amante, um assassinato, um cadáver desaparecido. Existe coisa melhor do que um cadáver desaparecido?”

As Diabólicas: Belas Artes à la CarteOldflix

 

“Os acontecimentos de ontem à noite parecem os delírios de uma febre, uma nuvem de fumaça. O filme no teto do quarto. O barulho de vidro quebrando. O breu do depósito. A espiral da escada. E ele ali, chamando por mim, esperando por mim.

Levo a mão à garganta. ‘Não vá dizer que eu estava sonhando, que ele nunca esteve aqui.’ Onde foi que ouvi isso…? Ah, sim: de novo, ‘À Meia-Luz’.”

“À Meia-Luz” : AppleTV

 

 

Porque não foi sonho. (“Isto não é sonho! Realmente está acontecendo!” Mia Farrow em ‘O Bebê de Rosemary’.) Minha casa foi invadida. Foi vandalizada. Eu fui ameaçada. Fui agredida. E não há nada que eu possa fazer a respeito.”

“O Bebê de Rosemary” : TeleCine

 

 

“Depois que Ethan vai embora, vejo ‘Laura’ outra vez. Um filme que não deveria ter dado certo: a canastrice de Clifton Webb, a pobreza do sotaque sulino de Vincent Price, a falta de química entre os protagonistas. Mas a coisa realmente funciona muito bem. Sem falar na música. Ah, a música… ‘Eles me mandaram o roteiro, não as partituras’, reclamou certa vez Hedy Lamarr, depois de recusar o papel principal. Deixo a vela acesa, um fiapo de chama pulsando no pavio. Depois, cantarolando o tema de ‘Laura’, pego o celular, entro na internet e saio à procura dos meus pacientes.”

“Laura” : Belas Artes à la Carte

 

 

“Adorávamos elaborar listas. As adaptações das histórias de Dashiell Hammett, ranqueadas desde a melhor (‘A Ceia dos Acusados’, a primeira delas) até a pior (‘Song of the Thin Man’). Os melhores filmes da excelente safra de 1944. Os melhores momentos de Joseph Cotten.

Também posso fazer algumas listas sozinha, claro. Por exemplo, os melhores filmes de Hitchcock não realizados por Hitchcock. Vamos lá:

‘O Açougueiro’, um dos primeiros filmes de Claude Chabrol que, diz a lenda, Hitch gostaria de ter dirigido.”

“O Açougueiro”: LookeNetMovies

 

 

Agora os filmes posteriores a Hitchcock: ‘O Silêncio do Lago’, com seu final de tirar o fôlego. ‘Busca Frenética’, a homenagem de Polanski ao mestre. ‘Terapia de Risco’, de Steven Soderbergh, que começa como um libelo contra a farmacologia e vai deslizando feito uma enguia na direção de um gênero completamente diferente.”

 

“Busca Frenética” : AppleTV

“Terapia de Risco” : AppleTV – Claro VideoHBOGo

 

O filme preferido de Hitchcock. Thornton Wilder é o roteirista: a mocinha ingênua descobre que seu herói não é quem ela pensa ser. ‘A gente até que se dá bem, mas nada acontece’, reclama ela. ‘Caímos numa rotina terrível. Comemos e dormimos, e isso é praticamente tudo. Sequer temos uma conversa de verdade.’ Até o dia em que seu tio Charlie aparece para uma visitinha.”

“A Sombra de uma Dúvida” : Looke

 

Confira na lista “A Mulher (Cinéfila) na Janela” todos os filmes citados no romance.

 

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Animação mostra o poder que perdemos para a tecnologia https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/animacao-mostra-o-poder-que-perdemos-para-a-tecnologia/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/05/02/animacao-mostra-o-poder-que-perdemos-para-a-tecnologia/#respond Sun, 02 May 2021 18:59:42 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/the-mitchells-vs-the-machines-oscar-winner-olivia-colman-tak_6dpt.h960-300x215.jpg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=280 Alessandra Lobato

A animação “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”,  dos mesmos produtores do premiado “Homem-Aranha: no Aranhaverso” tem comédia e emoção na medida certa. O filme conta a história da família Mitchell que resolve fazer uma viagem de carro antes da partida de Katie, a estranha no ninho, para a faculdade de cinema. Só que a ocasião é interrompida por um apocalipse das máquinas, após uma inteligência artificial se revoltar, revelando a dependência e veneração humana à tecnologia.

O diferencial da animação é a sensação de estar em uma rede social, os vídeos caseiros de Katie nos lembram os memes e trazem leveza e humor ao filme. O longa reflete sobre como a conexão com pessoas à distância ficou mais fácil, mas o vínculo dentro de casa não, o que traz cenas cativantes e cheias de emoção. Além disso,  “A Família Michel e a Revolta das Máquinas” tem várias referências a filmes devido a paixão de Katie pelo cinema, verdadeiros “easter eggs” para cinéfilos.

Onde ver: Netflix

 

Gosta de identificar referências entre filmes? Veja alguns títulos que inspiraram o time de criadores de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”.

 
“Everybody Dies in 90 Seconds”, primeiro curta de Michael Rianda, co-diretor de “A Família Michel e a Revolta das Máquinas”.

 

 

 

“Homem-Aranha: no Aranhaverso”

Os produtores Phil Lord e Christopher Miller são os mesmos do filme que venceu o Oscar de melhor animação em 2019. 

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayMicrosoft StoreNowTeleCine – YouTube

 

 

Em “Tá Chovendo Hambúrguer” (2009), desenho escrito e dirigido pela dupla Lord e Miller, uma máquina também saía de controle.

Onde assistir: AppleTVClaro VideoGoogle PlayLookeNetflixNow – YouTube

 

 

Lord e Miller escreveram o roteiro de “Uma Aventura Lego 2”, cujo vilão faz os mesmos tipos de maldades.

Onde assistir: Google PlayLookeMicrosoft StoreNowTeleCine – YouTube

 

 

As bagunças dos Mitchell trazem ecos das trapalhadas em família de “Pateta – O Filme”

Onde assistir: Disney+

 
O exército de robôs de “O Castelo no Céu”, do mestre japonês Hayao Miyazaki, é outra imagem cuja influência aparece em“A Família Michel e a Revolta das Máquinas”.

Onde assistir: Netflix

 

 

As comédias “Férias Frustradas” e de “Férias no Trailer” acompanham famílias que criam muitas confusões quando põem o pé na estrada.

Onde assistir:

“Férias Frustradas”

Onde assistir: Apple TV – YouTube

 

“Férias no Trailer”

Onde assistir: Apple TVClaro Video – HBO Go

 

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Quem não ganha o Oscar é perdedor? https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/24/quem-nao-ganha-o-oscar-e-perdedor/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/24/quem-nao-ganha-o-oscar-e-perdedor/#respond Sun, 25 Apr 2021 01:16:10 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Escravos-do-Desejo-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=274 Há 93 anos a história do Oscar acumula mais perdedores do que vencedores. O critério das indicações sempre excluiu mais do que incluiu, pois, no final da noite, quem segura a estatueta é um contra dois perdedores (na primeira vez, em 1929), um contra quatro (a partir de 1930) ou um contra um monte, como temos visto desde 2010.

Muitos e muitos vencedores se perderam na poeira do tempo, enquanto outros, perdedores de uma noite só, hoje estão aí, preservados pela história, que é quem de fato decide quem vai ser lembrado ou esquecido.

Fizemos uma listinha bem básica de filmes perdedores do Oscar e que estão disponíveis em plataformas brasileiras de streaming. O único critério de inclusão foi a exclusão. Ou seja, não entraram títulos que venceram em alguma categoria, mesmo naquelas que a gente chama de técnicas. Afinal, se não fossem as técnicas, os filmes não existiriam.

 

“Escravos do Desejo” 

Indicado a: atriz (Bette Davis)

Onde assistir: MUBI

 

 

“Ninotchka” 

Indicado a: filme, atriz (Greta Garbo) e roteiro

Onde assistir: AppleTV

 

“O Grande Ditador” 

Indicado a: filme, ator (Charles Chaplin), ator coadjuvante, (Jack Oakie), roteiro original e trilha sonora

Onde assistir: TeleCine

 

“Soberba”

Indicado a: filme, atriz coadjuvante (Agnes Moorehead), fotografia e direção de arte

Onde assistir: Looke – NetMovies

 

“Desencanto”

Indicado a: direção (David Lean), atriz (Celia Johnson) e roteiro

Onde assistir: Looke – NetMovies

 

“Rio Vermelho”

Indicado a: roteiro e edição

Onde assistir: Looke – NetMovies – Oldflix

 

“Paisà”

Indicado a: roteiro

Onde assistir: TeleCine

 

“A Roda da Fortuna”

Indicado a: roteiro, trilha sonora e figurino

Onde assistir: AppleTV – Looke

 

“Nasce uma Estrela”

Indicado a: atriz (Judy Garland), ator (James Mason), direção de arte, figurino, canção e trilha sonora

Onde assistir: AppleTV – Looke

 

“Juventude Transviada”

Indicado a: ator (James Dean), atriz (Natalie Wood) e roteiro

Onde assistir: AppleTVGoogle Play – Microsoft Store

 

“Doze Homens e uma Sentença”

Indicado a: filme, direção (Sidney Lumet) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – TeleCine

 

“Um Corpo que Cai”

Indicado a: direção de arte e som

Onde assistir: AppleTV – Claro Video – Now

 

“Anatomia de um Crime”

Indicado a: filme, ator (James Stewart), ator coadjuvante (Arthur O’Connell e George C. Scott), roteiro, fotografia e edição

Onde assistir: AppleTV

 

“Psicose”

Indicado a: atriz (Janet Leigh), direção (Alfred Hitchcock), fotografia e direção de arte

Onde assistir: AppleTV – TeleCine

 

“Dr. Fantástico”

Indicado a: filme, ator (Peter Sellers), direção (Stanley Kubrick) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – Claro Video – Google Play – Microsoft Store 

 

“Blow up – Depois Daquele Beijo”

Indicado a: direção (Michelangelo Antonioni) e roteiro

Onde assistir: AppleTV

 

“A Batalha de Argel”

Indicado a: direção (Gillo Pontecorvo), roteiro e filme estrangeiro

Onde assistir: Looke

 

“Sem Destino”

Indicado a: ator coadjuvante (Jack Nicholson) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – Google Play – TeleCine

 

“Laranja Mecânica”

Indicado a: filme, direção (stanley Kubrick), roteiro e edição

Onde assistir: Google Play – HBO Go – Looke  – Microsoft Store

 

“Amargo Pesadelo”

Indicado a: filme, direção (John Boorman) e edição

Onde assistir: AppleTV – Microsoft Store

 

“Uma Mulher Sob Influência”

Indicado a: atriz (Gena Rowlands) e direção (John Cassavetes)

Onde assistir: Looke – NetMovies

 

“Taxi Driver”

Indicado a: filme, ator (Robert De Niro), atriz coadjuvante (Jodie Foster) e trilha sonora

Onde assistir: AppleTV –  Claro Video – Google Play – Now – Oldflix

 

“A Cor Púrpura”

Indicado a: filme, atriz (Whoopi Goldberg), atriz coadjuvante (Margaret Avery e Oprah Winfrey), roteiro, fotografia, direção de arte, figurino, canção, trilha sonora e maquiagem

Onde assistir: Globo Play – Google Play – Now

 

“Faça a Coisa Certa”

Indicado a: ator coadjuvante (Danny Aiello) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – Claro Video – Google Play – Looke – TeleCine

 

“Malcolm X”

Indicado a: ator (Denzel Washington) e figurino

Onde assistir: Amazon Prime Video – MUBI

 

“Os 12 Macacos”

Indicado a: ator (Brad Pitt) e figurino

Onde assistir: AppleTV – Claro Video – Netflix – Now

 

“Segredos e Mentiras”

Indicado a: filme, atriz (Brenda Blethyn), atriz coadjuvante (Marianne Jean-Baptiste), direção (Mike Leigh) e roteiro

Onde assistir: Festival Sesc Melhores Filmes (disponível até 5/5)

 

“Além da Linha Vermelha”

Indicado a: filme, direção (Terrence Malick), roteiro, fotografia, som, edição e trilha sonora

Onde assistir: NowTeleCine

 

“O Show de Truman”

Indicado a: direção (Peter Weir), ator coadjuvante (Ed Harris) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – Claro Video – Google PlayMicrosoft Store – Netflix – Now  

 

 

“Longe do Paraíso”

Indicado a: atriz (Julianne Moore), roteiro, fotografia e trilha sonora

Onde assistir: Belas Artes à la Carte

 

“Marcas da Violência”

Indicado a: ator coadjuvante (William Hurt) e roteiro

Onde assistir: AppleTV – Globo PlayMicrosoft Store

 

“A Árvore da Vida”

Indicado a: filme, direção (Terrence Malick) e fotografia

Onde assistir: Amazon Prime VideoGlobo PlayLooke – Microsoft Store – MUBI – TeleCine

 

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Curta indicado ao Oscar usa repetição para expor o racismo https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/11/curta-indicado-ao-oscar-usa-repeticao-para-expor-o-racismo/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/11/curta-indicado-ao-oscar-usa-repeticao-para-expor-o-racismo/#respond Sun, 11 Apr 2021 23:36:36 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/two-distant-strangers-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=262 No longínquo 1993, “Feitiço do Tempo” foi considerado um filme original ao explorar o paradoxo da repetição em uma camada da vida, o tempo, em que tudo parece condenado a não voltar.

 

Sinal dos tempos, nos anos recentes apareceram várias ficções nas quais personagens ficam presos numa lógica perversa de repetições. Do terror à comédia, passando pelo drama adolescente e pela animação, a ideia de não conseguir escapar de uma situação dá corpo ao medo, que todo mundo tem, de não conseguir superar um incômodo.

 

“Dois Estranhos” pode parecer só mais um produto dessa ondinha. Mas o curta de Travon Free e Martin Desmond Roe vai além da repetição da fórmula. O filme de 32 minutos, que concorre ao Oscar de melhor curta, mostra uma série de situações protagonizadas por Carter, um cartunista negro.

 

Ao final de uma noite gostosa ao lado de uma garota linda, Carter volta para casa para cuidar do seu cão que ficou sozinho. Ao sair do prédio dela, ele é interpelado por um policial e logo a situação sai do controle.

 

A repetição aqui deixa de ser um mero recurso narrativo e se torna um recurso de denúncia, uma demonstração que o racismo é uma situação banal, que se repete infinitamente e que ser vítima de preconceito racial equivale a uma condenação.

 

Travis Free, roteirista e co-diretor de “Dois Estranhos”, evoca uma experiência pessoal como inspiração. “Como um homem negro, eu experimentei e vi uma quantidade enorme de mortes e de violência armada. Já tive a arma de um policial apontada para minha cara. Fiquei olhando para o cano de uma arma da polícia e isso não é algo que todo mundo sentiu ou deveria experimentar.”

 

“Dois Estranhos”

Direção: Travis Free e Martin Desmond Rae

EUA, 2020, 32 min

Onde assistir: Netflix

 

 
Confira outros ficções recentes baseadas em repetições temporais:

 

“No Limite do Amanhã” (2014)

Tom Cruise é um soldado inexperiente que morre no primeiro combate e é condenado a repetir exaustivamente a experiência de lutar e não sobreviver.

Onde assistir: AppleTV –  LookeMicrosoft StoreNetflix

 

“Antes que Eu Vá” (2017)

Sam tem uma vida legal e mal sabe que tudo pode acabar de uma hora para outra. Mas ela tem uma última chance para mudar o destino.

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayLookeMicrosoft StoreNowTeleCine

 

“Loopeados” (2015)

Nesta série de animação, Luc e seu amigão Theo ficam presos numa armadilha temporal em que todo dia é segunda-feira.

Onde assistir: Globo Play

 


“Nu” (2017)

No dia do seu casamento, Ron fica preso, peladão, no elevador e tem de enfrentar a repetição de diversos vexames.

Onde assistir: Netflix

 

“A Morte Te Dá Parabéns” (2017)

Uma jovem morre assassinada e revive incessantemente cada passo da história que sabe que acaba mal.

Onde assistir: AppleTVClaro VídeoGoogle PlayLooke

 

“A Morte Te Dá Parabéns 2” (2019)

Como tudo que é ruim nunca acontece uma vez só, esta sequela do terror de 2017 repete a premissa.

Onde assistir: Amazon Prime VideoAppleTVGoogle PlayLooke

 

“O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas” (2021)

Mark conhece Margaret são dois adolescentes que ficam presos numa temporalidade repetitiva. Ele quer sair, e ela quer ficar.

Onde assistir: Amazon Prime Video

 

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Coelhinhas e coelhões se juntam para animar a Páscoa https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/04/coelhinhas-e-coelhoes-se-juntam-para-animar-a-pascoa/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/04/04/coelhinhas-e-coelhoes-se-juntam-para-animar-a-pascoa/#respond Sun, 04 Apr 2021 12:49:16 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/burrow-1200-1200-675-675-crop-000000-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=258 Alessandra Lobato

A Criançando desta semana reuniu um punhado de aventuras com coelhos. Que eles tragam muitos ovos, saúde e paz.

 

“Turma da Mônica em Especial de Páscoa” 

Em uma reunião de curtas, a turminha mais amada do Brasil traz três histórias sobre coelhinhos. Mônica revela aos amigos que Sansão não é o seu único pelúcia ao apresentar Hércules, “O Coelhinho Amarelo”. Além disso, Cebolinha tenta mais um plano infalível ao trocar Sansão por “Um Coelhinho de Verdade”. Ou seria de “veldade”?

 Em “Um Conto de Páscoa”, Maurício de Souza narra a história dos ovos de Páscoa no bairro do Limoeiro. Os símbolos da data são explicados pela turma de forma lúdica e divertida, contando a origem do bacalhau, da colomba pascoal, do ovo e do próprio coelhinho.

Onde assistir: Amazon Prime Video

 

 

“Toca”

Uma coelhinha decide construir sua primeira toca, mesmo, sem muita experiência, mas não se sente confiante de compartilhar o projeto com os outros animaizinhos. Na busca de fazer sua casa bem longe dos possíveis vizinhos, ela cava mais e mais, causando vários problemas. A coelha percebe que fazer tudo sozinha nem sempre é a melhor solução e que errar faz parte do processo de aprendizagem.

O curta fala sobre o medo de se pedir ajuda e a construção de amizades e relacionamentos ao longo da jornada. Apesar de não ter falas, uma orquestra acompanha as aflições da coelhinha e a ilustração apresenta pinturas de fundo e animações feitas à mão. A história foi baseada na experiência da diretora Madeline Sharafian como artista e a sua dificuldade em pedir ajuda. “Toca” concorre ao Oscar de Melhor Curta Metragem de Animação.

Onde assistir: Disney+

 

 

“Max e Ruby” 

O coelhinho Max é o irmão mais novo da coelha Ruby. A rotina deles oferece um aprendizado às crianças menores. Juntos eles compartilham uma amizade, muitos lanches, brincadeiras e travessuras. A animação 2D é inspirada nos livros da autora e ilustradora americana Rosemary Wells que ficou conhecida pela série literária dos irmãos coelhos.

Onde assistir: Netflix

 

“Sylvanian Families”

A animação mostra a Vila Sylvanian, lugar onde mora a família Chocolate, composta por coelhinhos. Freya Chocolate gosta de passar o tempo com os amiguinhos e desenhar. Com ela, as crianças podem aprender sobre a natureza e o amor ao próximo. “Sylvanian Families” é baseado em uma linha de brinquedos que existe desde 1985, e os episódios têm em torno de três minutos.

Onde assistir: Netflix

 

“Pedro Coelho”

O longa conta a história de um jovem coelho de jaqueta azul que perdeu os pais, quando eles entraram na horta do sr. McGregor. Para alimentar as irmãs trigêmeas e o primo, ele vai invadir a horta mesmo sabendo dos perigos. A sorte é que a vizinha Bea, interpretada por Rose Byrne, ama os animais, além da pintura, e promete cuidar deles. Contudo, após a morte de McGregor, seu sobrinho-neto, Tomás, interpretado por Domhnall Gleeson, herda a casa de campo. Pedro e Tomás vão batalhar pelo afeto de Bea, com isso aprontando várias confusões.

O filme ganha dinamismo com uma mistura de animação 3D e personagens em “live-action” (com atores) e é uma lição de que o amor deve ser compartilhado, além de ter críticas sobre o desenvolvimento imobiliário que toma o espaço dos animais. A narrativa é baseada na principal obra de Beatrix Potter, escritora e ilustradora inglesa de livros infantis.

Onde assistir: AppleTVClaro VideoGoogle PlayMicrosoft Store –  Netflix

 

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Dez filmes para lembrar a ditadura de 1964 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/03/30/dez-filmes-para-lembrar-a-ditadura-de-1964/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/03/30/dez-filmes-para-lembrar-a-ditadura-de-1964/#respond Wed, 31 Mar 2021 02:08:08 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/alma-clandestina-dtl-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=250 O verbo “lembrar” tem o significado de trazer à memória, recordar. Neste sentido, podemos restringir seu alcance apenas ao que um indivíduo, um grupo, uma geração viveu. O termo, contudo, também invoca celebrações, comemorações, sugerindo, assim, o festejo de algo que foi bom, do qual se sente falta.

Mas lembrar pode ter a função de advertir, de alertar a respeito de experiências nefastas que podem ser esquecidas. Ou, como não foram vividas diretamente, não se fixaram na memória pessoal. O que não significa que elas não existam, que não tenham acontecido.

Para lembrar o 31 de março, dia de triste memória, selecionamos dez filmes que nos ajudam a saber mais sobre a ditadura militar, o autoritarismo, a censura, as torturas, desaparecimentos e violências. Temas, certamente, desagradáveis, que nos impedem de esquecer.

 

“Alma Clandestina”

O português José Barahona refaz a trajetória nada única de Maria Auxiliadora Lara Barcellos, estudante de medicina que passou da militância política à luta armada, foi presa, torturada, banida e, em 1976, se suicidou aos 31 anos, em Berlim.

Onde assistir: Amazon Prime VideoAppleTVGoogle PlayLookeNow

 

“Diário de uma Busca” (2011)

Aqui, o esforço de memória não se pretende neutro ou objetivo. A busca da diretora Flavia Castro é pela sombra do próprio pai, o jornalista  Celso Afonso Gay de Castro, que morreu, em 1984, em circunstâncias obscuras. Recuperar um passado tanto individual como coletivo torna-se, assim, uma demonstração de que, tudo o que não se apaga, resiste.

Onde assistir: LookeNow

 

“A Noite Escura da Alma” (2016)

Este mosaico de entrevistas com diversos sobreviventes dos porões da ditadura alcança o impacto das lembranças em primeira pessoa. As filmagens foram feitas no Forte do Barbalho, o maior centro de tortura na Bahia, confrontando os personagens com seus traumas e o espectador com o que ele não quer saber.

Onde assistir: Looke

 

“Jango” (1984)

O documentário pioneiro de Silvio Tendler não é apenas uma reconstrução da trajetória política do presidente civil deposto no Golpe de 1964. Concluído e lançado em 1984, no ocaso da ditadura, o filme carrega a energia que marcou aquele momento, uma respiração, um sentimento de alívio e a vontade de inventar outro país.

Onde assistir: Libreflix

 

“Os Advogados Contra a Ditadura” (2014)

Silvio Tendler mergulha no emaranhado jurídico da ditadura e revela os riscos e os combates dos defensores de indivíduos que, por motivos importantes ou ínfimos, sofreram perseguições e ameaças. A teia de leis e processos mostra como o regime impunha suas “verdades”, construía uma imagem de progresso e mantinha o país sonambúlico.

Onde assistir: Libreflix

 

“Verdade 12.528” (2013)

Entre a Lei da Anistia e a Comissão da Verdade, não foram poucos nem irrelevantes os esforços de esquecimento. O número do título refere-se à lei que instituiu a Comissão da Verdade, fundada no hoje longínquo 2011. As transformações políticas e sociais desta última década confirmam que apagar a história é o mesmo que deixá-la se repetir.

Onde assistir: Libreflix

 

“Setenta” (2013)

Em 1970, no auge do período que Elio Gaspari chamou de “ditadura escancarada”, 70 presos políticos foram trocados pela libertação do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, sequestrado no Chile. Quarenta anos depois, a documentarista Emilia Silveira convidou 20 protagonistas deste episódio a refletirem sobre aquele passado feito de idealismos e destroços e a reconhecer suas cicatrizes no presente.

Onde assistir: AppleTVGloboplayGoogle Play

 

Pastor Cláudio” (2017)

Se o trauma da tortura é um obstáculo que impossibilita nosso acesso à dor dos outros, como reagimos às lembranças de um assumido torturador? É esta a proposta radical de Beth Formaggini neste documentário em que um ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo e atual pastor descreve, sem pudores, sua atuação nas sombras do regime.

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayLookeNow

 

“Mario Wallace Simonsen – Entre a Memória e a História” (2013)

No esquemático combate entre direita e esquerda, o papel desempenhado pelas elites empresariais no Golpe de 1964 soube se manter discreto. O modo como alguns se aproveitaram do maniqueísmo aparece neste retrato de um megaempresário do período.

Onde assistir: NowVivo Play

 

“Operação Camaducaia”

O título refere-se a um episódio ocorrido em 1974, quando dezenas de garotos e jovens, supostamente infratores, foram tirados de celas do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), em São Paulo, e abandonados às margens da rodovia Fernão Dias, em MG. O diretor Tiago Rezende busca os protagonistas ocultos desta história, que exemplifica como, em regimes autoritários, a arbitrariedade extrapola o âmbito das decisões políticas e infecta o tecido social.

Onde assistir: Belas Artes à la Carte

 

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Filmes para crianças mostram aspectos difíceis da vida https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/03/20/filmes-para-criancas-mostram-aspectos-dificeis-da-vida/ https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/2021/03/20/filmes-para-criancas-mostram-aspectos-dificeis-da-vida/#respond Sat, 20 Mar 2021 18:10:32 +0000 https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Fome-de-Felipe-Fré-300x215.jpeg https://historiasdecinema.blogfolha.uol.com.br/?p=246 Alessandra Lobato

A produção brasileira de filmes infantis é volumosa e de ótima qualidade. Mas pouco conhecida porque costuma ser exibida apenas em festivais. Um efeito colateral positivo da pandemia é a possibilidade de conhecer online a programação destes eventos. A Criançando destaca curtas infantis que podem ser vistos até 23/3 no Festival de Cinema de Caruaru. E a diversidade de olhares sobre temas difíceis também pode ser conferida em outros títulos da semana.

 

“Fome”

O boneco de espiga de milho e os panos de prato quadriculados com pequenos furos revelam a simplicidade e o tempo que são destaque neste curta. “Fome” conta a história de Lia, uma menina de uma aldeia rural que nos revela a infância nos pequenos detalhes da imaginação. O barulho do trabalho árduo da mãe traz a preocupação em garantir o alimento na mesa. Mas a chegada de um casal de palhaços vai despertar nas duas uma nova forma de enxergar a fome que as rodeia.

Onde assistir: “Fome”

 

“Ciclos da Vida”

Uma garotinha narra suas reflexões sobre a vida e a morte após a perda da avó. O medo da ausência e a tristeza profunda são sentimentos que penetram a narrativa. O curta utiliza a técnica de luz e sombra para mostrar os perfis das duas. Trazendo uma história dinâmica e diferente que é composta também pela exposição de gravuras à luminosidade, “Ciclos da Vida” é uma despedida carregada de memórias e saudades.

Onde assistir: “Ciclos da Vida”

 

“Assum Preto”

O curta é inspirado na música “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que narra a história do pássaro que apesar de solto não pode voar por estar cego. A xilogravura do cordel compõe a animação em stop-motion, que traduz a realidade de muitas crianças. Em meio à pandemia, elas estão trancadas em casa e tendo de assistir a aulas à distância. Na imaginação do garotinho, ele só queria estar livre para poder brincar, o que o coloca no lugar do “Assum Preto” que vive na gaiola a cantar.

Onde assistir: “Assum Preto”

 

“Ansiosa Tradução”

Os detalhes dos móveis da casa e o tique-taque do relógio revelam o passar do tempo contínuo na rotina de Yael, uma garotinha de 8 anos que não desgruda do radinho enquanto a mãe trabalha. As fitas cassetes são o refúgio de uma solidão em que ela não é ouvida e são a única conexão com o pai, que foi trabalhar em outra cidade. A menininha só tem afeto ao brincar na cidade em miniatura, onde ela se apropria de um mundo só dela.

O premiado longa filipino, expressa os pensamentos de Yael, apesar das poucas falas, na imaginação fantástica que a permeia. Ela, ao ver a propaganda de uma caneta, sente a necessidade de comprá-la para que seus sentimentos sejam traduzidos. “Ansiosa Tradução” traz o olhar delicado e atento de uma criança que possui uma perspectiva única sobre o isolamento.

Onde assistir: Looke

 

Mr. Hublot”

Um homenzinho robotizado, introvertido, perfeccionista e cheio de manias prefere viver afastado do mundo que o cerca. Ele mora sozinho e segue uma rotina metódica, em que cada segundo é marcado pela sonoridade do relógio. Certo dia, o latido de um cachorro de rua chama a atenção de Mr. Hublot que decide levá-lo para casa. 

O curta é uma história que reflete sobre a solidão e como um animal de estimação pode ser uma boa companhia. O que chama a atenção é a riqueza de detalhes no desenho, desde a mobília de Mr. Hublot até a cidade tecnológica e fantástica que ele habita, além de uma trilha sonora única. Em 2014, ganhou o Oscar de melhor curta-metragem de animação.

Onde assistir: Amazon Prime Video

 

“Flutuar”

Muitas vezes os olhares de julgamento podem se tornar prisões solitárias para aqueles que os recebem. “Flutuar” conta a história de um menino diferente dos outros, ele consegue ser levado ao vento como um dente de leão. Contudo, a falta de compreensão da vizinhança faz com que o pai o esconda da sociedade.

A obra traz um assunto sensível e necessário: a discriminação com pessoas que são diferentes do que muitos consideram ser o “normal”. Com um personagem cativante e único, o enredo sensibiliza e leva à reflexão. Foi dirigido por Bobby Rubio que já participou do departamento de animação de grandes produções, como “DivertidaMente” e “Os Incríveis 2”.

Onde assistir: Disney+

 

Canvas – Netflix

A temática da morte é abordada de forma leve e lúdica no curta, em que um senhor de idade ao perder sua esposa deixa a pintura de lado. Os dias passam e ele ainda não é capaz de pegar em um pincel. Até que sua neta, que ama desenhar, traz certas lembranças de volta e colore a vida do avô.

 

“Canvas” reflete sobre os muros que construímos ao sofrermos a perda de alguém. A melodia sinfônica ao fundo nos remete ao sofrimento e dor sentido pelo avô que muda para um tom alegre e divertido com a chegada da menininha. O curta traz à memória pessoas que guardamos no coração.

Onde assistir: Netflix
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