Os 125 anos da invenção que aboliu a morte

Quem inventou o cinema?

Há mais de um século, franceses, norte-americanos, britânicos e alemães disputam o pioneirismo da criação do aparelho capaz de capturar imagens em movimento.

Mas, além de técnica, o cinema é a experiência de ver filmes projetados, é compartilhar emoções com outras pessoas.

Por isso, de fato, o cinema foi inventado 125 anos atrás. Em 28 de dezembro de 1895, os irmãos Auguste e Louis Lumière exibiram uma série de filmes curtos rodados com sua invenção – o cinematógrafo – naquela que se tornou a primeira sessão de cinema.

Nos dias seguintes, os jornais deram a notícia. Curiosamente, os primeiros artigos, publicados em  30 de dezembro de 1895, chegaram à mesma conclusão.

“Já era possível registrar e reproduzir o som das palavras. Agora, podemos registrar e reproduzir a vida. Poderemos, por exemplo, rever nossos entes queridos por muito tempo, mesmo depois da morte deles”, notou um texto no “Le Radical”.

“Quando essas máquinas chegarem ao alcance do público, quando todos pudermos fotografar as pessoas que amamos tanto em imagens fixa como em movimento, em ação, em seus gestos familiares e com o som de suas bocas, a morte deixará de ser absoluta”, previu o reporter anônimo do “La Poste”.

Nunca saberemos quem assistiu às cenas exibidas naquela primeira sessão. Mas as faces, os gestos e os movimentos –em resumo, a vida – registrados naqueles filmes continuam vivos.

Afinal, quando o cinema nasceu, “a morte deixou de ser absoluta”.

 

Reveja a primeira sessão de cinema:

 

Confira títulos muito especiais do “primeiro cinema” exibidos no festival 125 Anos de Cinema, no streaming do TeleCine.

 

Os irmãos Lumière e seus cinegrafistas inventam como filmar as pessoas e o mundo:

“Lumière! A Aventura Começa” (2017)

 

O cinema decola nas asas da imaginação:

“Viagem à Lua” (Georges Méliès, 1902)

 

A enorme criatividade da primeira mulher cineasta, Alice Guy-Blaché:

“O Amor Maior de um Homem” (1911)

“Algie, o Mineiro” (1912)

“A Garota na Poltrona” (1912)

“Americanização” (1912)

“O Cair das Folhas” (1912)

“Casamento às Pressas” (1913)

“A Órfã do Oceano” (1916)

 

As séries de TV não inventaram as narrativas cheias de ação e suspense com final aberto que nos obrigam a querer ver o próximo episódio. Os “serials” já eram uma mania mundial em… 1915.

“Os Vampiros”, um dos mais cultuados e influentes seriados de todos os tempos, está sendo exibido na Henri, streaming da Cinemateca Francesa. Os seis primeiros episódios já estão online. A série completa, em dez episódios, fica disponível até 5 de janeiro.

 

“Os Vampiros”

(Louis Feuillade, 1915)

onde assistir: Henri

 

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