20 filmes para ver antes de 2020 morrer

Todo fim de ano é a mesma história. Dezenas de revistas, jornais e sites publicam listas de melhores filmes do ano, e a gente descobre que não conseguiu ver nem metade dos títulos que os profissionais bem informados consideram os “melhores”.

Para facilitar nossa vida, preparamos uma lista das listas, mais enxuta.

Selecionamos os 20 títulos com o maior número de menções nas listas de mais de 30 publicações. E incluímos apenas os filmes que já estão disponíveis nas plataformas brasileiras de streaming.

Confira a lista, verifique o número de menções do filme nas listas e descubra onde assistir.

E fique em casa!

 

“Nunca, Raramente, às Vezes, Sempre”

Menções: 19

“Este drama profundamente discreto acompanha Autumn, uma garota de 17 anos grávida, que mora em uma pequena cidade da Pensilvânia onde o aborto é proibido. Em sigilo e na companhia da prima, ela pega um ônibus para Nova York para interromper a gravidez. Longe de ser um mero filme de mensagem, o longa da roteirista e diretora Eliza Hittman narra uma história íntima e eloquente sobre escolhas, segredos e as decisões tristes e desesperadas que as jovens, às vezes, têm de fazer para salvar seu futuro.” (“BBC”)

Onde assistir: AppleTV Google PlayLookeNow

 

“Estou Pensando em Acabar com Tudo”

Menções: 17

O primeiro trabalho de Charlie Kaufman na direção em cinco anos é uma combinação estranhamente perfeita para a Netflix; é o tipo de filme que se assiste por volta da meia-noite, sozinho em sua casa, uma experiência tão peculiar que a gente termina se perguntando se assistiu mesmo ou se sonhou.” (“The Atlantic”)

Onde assistir: Netflix

 

“Mank”

Menções: 16

Há um ditado (muitas vezes creditado a Honoré de Balzac, embora ele não tenha sido tão direto): ‘Por trás de toda grande fortuna, há um crime’. A versão da grande era dos estúdios de Hollywood poderia ser: ‘Por trás de todo grande filme, há uma traição’ – e ‘Cidadão Kane’, que é o maior de todos os filmes, teve um grande número de traições. (“Sight & Sound”)

Onde assistir: Netflix

 

“Bacurau”

Menções: 14

O filme magnetizante de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles se irradia numa variedade de frequências. Em parte, é um drama social, colorido com um realismo mágico, a respeito da exploração predatória do capitalismo enquanto uma comunidade isolada de um Brasil rural padece a indiferença do mundo exterior. Em parte, é também uma comédia, repleta de personagens amalucados que fazem vir à mente, entre outras influências, os esquisitos tagarelas dos filmes de Tarantino. E é, ainda, um filme de faroeste sinistro, de um jeito que não descreverei aqui. É melhor experimentar o redemoinho vertiginoso e assustador de “Bacurau” sem saber o que está por vir. (“Vanity Fair”)

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayLookeTeleCine

 

“Destacamento Blood”

Menções: 14

“O filme magistral de Spike Lee é um olhar rigoroso sobre o trauma dos veteranos negros da Guerra do Vietnã, na qual foram levados a servir sob a alegação de que combater outras pessoas de cor poderia finalmente garantir a admissão deles pela América branca.” (“Harpers Bazaar”)

Onde assistir: Netflix

 

“As Mortes de Dick Johnson”

Menções: 12

Este pode ser o filme sobre a morte mais radiante e inspirador já concebido, um ato de catarse para os que estão atrás das câmeras e para o público. Quanto mais a diretora Kirsten Johnson se previne contra o luto diante da perda iminente do pai, mais sentimos amor e afeto pela celebração da vida comum.” (“Rolling Stone”)

Onde assistir: Netflix

 

“Time”

Menções: 10

À primeira vista, ‘Time’ coloca uma pergunta simples: como fazer caber uma história de 21 anos em um documentário de 81 minutos? A partir das mil imagens de vídeo que Sibil Fox Richardson (também conhecida como ‘Fox Rich’), uma mulher negra da Louisiana, gravou para seu marido enquanto esperava que ele fosse libertado da prisão – o filme oferece uma resposta simples: tempo não se mede em número, mas sim nas perdas.” (“Indiewire”)

Onde assistir: Amazon Prime

 

“Martin Eden”

Menções: 10

“Pietro Marcello complexifica o impulso simbólico da história por meio de um tratamento ambíguo do período. A impressão inicial de que o filme se passa, como o romance, no início do século passado é contrariada por meio de sutis anacronismos. O resultado é uma mensagem de alerta sobre o poder corruptor da riqueza e do sucesso.” (“Sight & Sound”)

Onde assistir: Now

 

“Tenet”

Menções: 10

“O filme de Christopher Nolan terá sido o último blockbuster a ser exibido nos cinemas? Talvez. Se for verdade, ‘Tenet’ é um estranho canto de cisne, um filme de ação misterioso, denso e cheio de jargões, que pega as ameaças de fim do mundo das tramas de James Bond e as infla até o plano da ficção científica.” (“The Atlantic”)

Onde assistir: Google PlayLookeNow

 

“Soul”

Menções: 9

“Segundo o mandamento da Pixar, há risos e ranger de cordas, mas ‘Soul’ busca algo mais profundo – indagar por que somos como somos, de modo ao mesmo tempo melancólico e divertido. Não sei se já vi um filme que me fez pensar assim sobre mim e sobre tudo que mais me interessa.” (“The Ringer”)

Onde assistir: Disney+

 

“Joias Brutas”

Menções: 9

“Os irmãos Safdie mostram que, hoje, não há ninguém melhor do que eles para criar filmes frenéticos, inquietantes e de tirar o fôlego. Com imagens que misturam realismo documental com uma estética de labirinto urbano, a história de Howard é a de todo indivíduo tentando enfrentar sozinho o sistema capitalista que o obriga a ficar em seu lugar.” (“Fotogramas”)

Onde assistir: Netflix

 

“Uma Mulher Alta”

Menções: 9

“Esta história de sobrevivência ousadamente não convencional dirigida por Kantemir Balagov, um talento prodigioso de menos de 30 anos, não é apenas um recorte comum do miserabilismo russo. Sua estética visual impressionante e seus fragmentos inesperados de humor ácido tornam-no único.” (“The Hollywood Reporter”)

Onde assistir: Mubi

 

“A Vastidao da Noite”

Menções: 9

“O filme não usa seu tema fantástico para evocar nostalgia, mas para representar o momento em que o entusiasmo e a curiosidade adolescentes são trocados por algo maior e mais assustador.” (“AV Club”)

Onde assistir: Amazon Prime

 

“O Homem Invisível”

Menções: 9

“Já que a força que aterroriza Cecilia não pode, literalmente, ser vista, suas súplicas por ajuda caem em ouvidos descrentes – ou seja, uma metáfora eloquente e assustadora de toda mulher que sofreu abusos, enquanto seu algoz não era visível para mais ninguém.” (“Variety”)

Onde assistir: Apple TVGoogle PlayLookeNowTeleCine

 

“Os 7 de Chicago”

Menções: 7

“Um discurso sobre a discriminação racial, uma defesa política da potência da cólera dos oprimidos e uma acusação ao poder cego dos opressores amorais. E uma necessidade indispensável de mudar as coisas. Sim, mas como?” (“Écran Large”)

Onde assistir: Netflix

 

“A Voz Suprema do Blues”

Menções: 7

“Viola Davis poucas vezes esteve tão bem quanto no papel da mãe que não leva desaforo para casa e encara quem questiona sua autoridade com um olhar que derrubaria qualquer um. Em seu trabalho derradeiro, Chadwick Boseman alcança a mesma intensidade da sua parceira. O Levee dele é tão cheio de fúria vibrante e autodestrutiva, tão carregado de desejo e de vida, que é uma tragédia este ser o canto do cisne do falecido ator.” (“Esquire”)

Onde assistir: Netflix

 

“Borat: Fita de Cinema Seguinte”

Menções: 7

“Posso dizer que este é o melhor filme de 2020, do ponto de vista da linguagem cinematográfica? Bem, não sei. Este ano foi bizarro. Mas insisto que esta sequência de um clássico tosco e tão ‘vergonha alheia’ é inquestionavelmente o filme mais 2020 de todos os tempos.” (“New York Times”)

Onde assistir: Amazon Prime

 

“1917”

Menções: 7

“Sam Mendes, em parceria com o diretor de fotografia Roger Deakins, segue o rastro dos filmes de guerra mais significativos da história do cinema. Tendo ‘Glória Feita de Sangue’ (1957), ‘A Grande Guerra’ (1959) e ‘A Grande Ilusão’ (1937) como referência, ‘1917’ luta para conquistar a personalidade na forma de virtuosismo técnico. Mas a guerra é um plano-sequência?” (“Cinematographe”)

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayLookeNowTelecine

 

“O Som do Silêncio”

Menções: 6

“Um filme sobre um cara que perde sua paixão – na verdade, seu porto seguro – “O Som do Silêncio” acompanha um homem que tem de aprender a lidar com uma nova realidade cheia de dor, ressentimento e, finalmente, paz.” (“Huffington Post”)

Onde assistir: Amazon Prime

 

“Retrato de Uma Jovem em Chamas”

Menções: 4

“A roteirista e diretora Celine Sciamma criou uma obra-prima – uma história de amor emocionante e inebriante sem apelar a nenhum clichê, sentimento ou visão de mundo masculinos (os homens, aqui, estão relegados a segundo plano). Ancorado na performance fantástica de suas duas protagonistas, o filme, como poucos outros, captura de forma absolutamente econômica os sentimentos de perda e de amor sem diluir nenhuma gota do extrato da paixão.” (“Empire”)

Onde assistir: AppleTVGoogle PlayLooke –  NowTeleCine

 

Publicações consultadas:

“The Atlantic”

“AV Club”

“BBC”

“Chicago Sun Times”

“Chicago Tribune”

“Cinematographe”

“Écran Large”

“El País”

“Empire”

“Entertainment Weekly”

“Esquire”

“Fotogramas”

“The Guardian”

“Harpers Bazaar”

“The Hollywood Reporter”

“Huffington Post”

“The Independent”

“Indiewire”

“LA Times”

“Les Inrockuptibles”

“Libération”

“New York Times”

“New Yorker”

“The Ringer”

“Rolling Stone”

“Sight & Sound”

“Time”

“Time Out”

“Thrillist”

“Vanity Fair”

“Variety”

“Vulture”

“Washington Post”

 

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